O papel da Zootecnia no crescimento do consumo da carne de frango
12/12/2024
(Foto: Reprodução) No ranking de carnes mais consumidas no Brasil, a carne de frango está a frente de qualquer outra. Atualmente a carne de frango está entre as três proteínas animais mais consumidas no mundo, sendo no Brasil a mais consumida, a frente até mesmo da carne bovina.
O Paraná tem uma significativa participação neste crescimento, o estado é o maior produtor de carne de frango do Brasil e manteve o crescimento da avicultura no ano de 2023. Segundo dados do Senar-PR e Sistema Faep, a produção cresceu 8% nos 3 primeiros trimestres do ano, comparando com os dados do mesmo período de 2022, assim, totalizando 3,49 milhões de toneladas.
A Zootecnia exerce um papel importante no processo da avicultura, é o que auxilia na qualidade e no aumento da produtividade da proteína, explica melhor o zootecnista, professor e coordenador do curso de Zootecnia da Faculdade UNIGUAÇU, Rodrigo Tinini.
Hoje a carne de frango é um dos principais impulsionadores do agronegócio do Brasil e da avicultura em geral. Existe uma divisão de fases de produção, que são dois setores, avicultura de corte e avicultura de postura. Quando falamos da carne de frango estamos citando a avicultura de corte, onde se trata da produção de carne. Hoje o animal fica cerca de 45 dias dentro do aviário, onde sua alimentação é dividida por três fases, inicial, de crescimento e final de ciclo, que se são dietas diferentes, pois precisamos ter todas as exigências nutricionais do animal supridas, para ter a eficiência na produção e garantir maior lucratividade ao produtor.
E vale ressaltar que a qualidade da carne de frango depende da nutrição que é realizada durante a alimentação dos animais, quando se encontram na fase do crescimento, o que acaba se destacando na prateleira do mercado e nas estatísticas que provam o aumento do consumo.
“O frango é um animal que tem um metabolismo muito acelerado e seu ciclo produtivo também é rápido, como citado anteriormente, o animal é alojado somente 45 dias, se tratando de um ciclo muito curto. Portanto, tudo o que a gente fornece para a alimentação dele vai ter efeito direto na qualidade da carne”, explica o professor Rodrigo.
Com esse curto prazo que o animal permanece dentro do aviário, muitas pessoas acreditam que são utilizados hormônios na alimentação do frango, mas o professor explica melhor sobre essa questão.
Esse é um dos maiores mitos que a gente tem dentro da avicultura, a ideia de que tem hormônio é uma inverdade gigante. Primeiramente que esse material é caro e isso já faz com que essa questão se torne inviável, e porque o uso dessa utilização é proibido. Certo, mas aí todos perguntam como é possível o animal chegar com 45 gramas no aviário e em 45 dias ganhar seus 3 quilos e poucos? Isso é nutrição, é sanidade e é manejo, precisamos entender como surgiu essa história.
Bom, esse mito iniciou na década de 90, quando uma indústria de frango decidiu acrescentar em seu rótulo a seguinte frase: “Livre do uso de hormônio”. Mas um detalhe importante disso tudo, é que algo que já não era usado, acabou ganhando destaque e aumentando consequentemente o lucro desses que utilizavam a frase, pois insinuava que as empresas que não utilizavam essa informação no rótulo, faziam uso de hormônios.
